Santa Casa torna-se se referência em maternidade

O governador Beto Richa e o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, lançaram no mês de julho em Curitiba, o Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná (HOSPSUS). A finalidade é melhorar a qualidade do atendimento, aumentar a oferta de leitos hospitalares à disposição do SUS e reduzir o tempo-resposta nos serviços de urgência e os índices de morbidade por causas externas, entre outros objetivos.
Para receber os recursos os hospitais devem atender a vários critérios, entre os quais: ser referência regional; oferecer prioritariamente leitos para atendimentos do SUS; e ter um porcentual de leitos de UTI para atendimento de urgência e emergência do SUS.
Um exemplo de integração neste Projeto é a Santa Casa de Misericórdia de Arapongas, que nunca antes tinha recebido ajuda do Estado. Com a adesão ao HOSPSUS, a unidade pode ampliar o número de leitos para gestação de alto risco e o número de leitos de UTI neo-natal. Com isso a unidade desafogou o sistema de saúde na região Norte do Estado nessa área.
Segundo Antonio Carlos Prol Medeiros, Gestor Institucional da Santa Casa, com a realização de em média três partos por dia, gestantes da 16° Regional de Saúde de Apucarana estão sendo atendidas em Arapongas. “Para o município que estava sem maternidade foi bom, concentrou tudo em um único lugar, o governo está colaborando. Agora a tendência é só melhorar, com a construção do Pronto Socorro, dos vinte leitos na maternidade e mais dez leitos na UTI com cuidados intermediários (observação)” afirma Medeiros.
Avaliação boa também é feita pela enfermeira obstetra, Siméia Muniz Garrido, responsável pela obstetrícia, ginecologia, pediatria e berçário do Hospital. “A implantação da maternidade foi ótima, mesmo sendo pelo SUS. O atendimento é de ótima qualidade, a estrutura é boa também, mesmo ainda sendo pequena”.
De acordo com a enfermeira está previsto no Projeto a construção da UTI Neonatal em dois anos, por se tratar de um hospital referência, além dos aumentos de leitos, já que as dezesseis vagas disponíveis sempre estão ocupadas.

Resultados comprovados

Em funcionamento em apenas quatro meses, a maternidade referência, até o início de dezembro não registrou nenhum óbito fetal ou de mães gestantes. Resultados que já podem ser comprovados com o bom atendimento oferecido.
“É melhor ser encaminhada para cá (Santa Casa), pois aqui é mais calmo que em outros hospitais” relata Fabiana da Silva, que após ser atendida no Pronto Socorro, com dores pelo corpo e oito meses de gestação de seu segundo filho, foi encaminhada para a Irmandade.
Jenifer Fernanda Alves Soares também aprovou o atendimento. “Comecei meu pré-natal tarde, pois morava em outro local, e quando cheguei aqui fui muito bem atendida” afirma a gestante de seis meses de seu primeiro filho.
Acompanhada pela mãe, Janete Gomes, a gestante foi internada com dores e desidratação. “Gostei bastante daqui porque a gestante pode ficar com o acompanhante” diz a mãe.
Para a enfermeira obstetra, Siméia Muniz Garrido, o atendimento a gestante não deve ser resumido apenas na área estrutural do Hospital. “As mães geralmente chegam desesperadas para o parto, principalmente quando é feito normal. E isso também deve ser trabalhado” explica. Segundo ela, para o Hospital ser referência deve ter um atendimento completo.
“Temos que sempre procurar e buscar o melhor, e é isso que queremos aqui na maternidade”.